Le Vampire/ O Vampiro - Charles Baudelaire ( Fleurs du Mal 1857)
(Cont Vladelaire haha)
Le Vampire
Toi qui, comme un coup de couteau,
Dans mon coeur plaintif es entrée;
Toi qui, forte comme un troupeau
De démons, vins, folle et parée,
Dans mon coeur plaintif es entrée;
Toi qui, forte comme un troupeau
De démons, vins, folle et parée,
De mon esprit humilié
Faire ton lit et ton domaine;
— Infâme à qui je suis lié
Comme le forçat à la chaîne,
Faire ton lit et ton domaine;
— Infâme à qui je suis lié
Comme le forçat à la chaîne,
Comme au jeu le joueur têtu,
Comme à la bouteille l'ivrogne,
Comme aux vermines la charogne
— Maudite, maudite sois-tu!
Comme à la bouteille l'ivrogne,
Comme aux vermines la charogne
— Maudite, maudite sois-tu!
J'ai prié le glaive rapide
De conquérir ma liberté,
Et j'ai dit au poison perfide
De secourir ma lâcheté.
De conquérir ma liberté,
Et j'ai dit au poison perfide
De secourir ma lâcheté.
Hélas! le poison et le glaive
M'ont pris en dédain et m'ont dit:
«Tu n'es pas digne qu'on t'enlève
À ton esclavage maudit,
M'ont pris en dédain et m'ont dit:
«Tu n'es pas digne qu'on t'enlève
À ton esclavage maudit,
Imbécile! — de son empire
Si nos efforts te délivraient,
Tes baisers ressusciteraient
Le cadavre de ton vampire!»
Si nos efforts te délivraient,
Tes baisers ressusciteraient
Le cadavre de ton vampire!»
VAMPIRO
Tu que, como uma punhalada
Invadiste meu coração triste,
Tu que, forte como manada
De demônios, louca surgiste,
Para no espírito humilhado
Encontrar o leito ao ascendente,
- IInfame a que eu estou atado
Tal como o forçado à corrente,
Como a seu jogo o jogador,
Como à garrafa o beberrão,
Como aos vermes a podridão
- Maldita sejas, como for!
Implorei ao punhal veloz
Dar-me a liberdade, um dia,
Disse após ao veneno atroz
Que me amparasse a covardia.
Mas não! O veneno e o punhal
Disseram-me de ar zombeiro
"Ninguem te livrará afinal
De teu maldito cativeiro
Ah! imbecil-de teu retiro
Se te livrássemos um dia,
Teu beijo ressuscitaria
O cadaver de teu vampiro!"
Tu que, como uma punhalada
Invadiste meu coração triste,
Tu que, forte como manada
De demônios, louca surgiste,
Para no espírito humilhado
Encontrar o leito ao ascendente,
- IInfame a que eu estou atado
Tal como o forçado à corrente,
Como a seu jogo o jogador,
Como à garrafa o beberrão,
Como aos vermes a podridão
- Maldita sejas, como for!
Implorei ao punhal veloz
Dar-me a liberdade, um dia,
Disse após ao veneno atroz
Que me amparasse a covardia.
Mas não! O veneno e o punhal
Disseram-me de ar zombeiro
"Ninguem te livrará afinal
De teu maldito cativeiro
Ah! imbecil-de teu retiro
Se te livrássemos um dia,
Teu beijo ressuscitaria
O cadaver de teu vampiro!"
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